quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Giorno 64 - Roma 4 x 2 Inter

Domingo (30/11) acordei por volta das 09h, mas eu sabia que não era o suficiente. Então, fiz um das coisas que eu mais gosto de fazer na vida: acordei, tomei um breve café da manhã e... dormir de novo! Ha!

Quando acordei pela segunda vez, já passava das 13h e, então, me obriguei a levantar porque sabia que, dali por diante, seria apenas um ciclo viçoso de dormir, dormir e dormir, sem necessidade.

Encontrei Giovanni fazendo uma faxina no seu quarto e me inspirei: limpei tudo e deixei tudo em ordem, ao som de uma boa música brasileira para me inspirar.

Depois, baixei as fotos, estudei um pouco de italiano, e resolvi tomar um banho e finalmente tirar o pijama, hehe. Daí por diante a trilha sonora era uma só: L'inno gialorosso!


Me arrumei (lê-se: vesti a jaqueta da Roma que estava esperando ansiosamente por uma oportunidade de usá-la!) e fui em direção à Piazza del Popolo, nosso ponto de encontro oficial pré-jogos no Stadio Olímpico.

Encontrei Benjamin e Thibault em frente ao mercado Flaminio, na escadaria da Vila Borghese e, de lá, fomos encontrar Clemi na estação Ottaviano, porque ele estava no Vaticano com sua mãe.

Esperando o metrô, um casal de aproximou perguntando em inglês se estávamos indo para o estádio, mas eu percebi que eles não entenderam a resposta e que não falavam muito bem. Percebi, também, um sotaque bastante familiar e arrisquei perguntar se eram brasileiros. Na mosca!

Assim que Benjamin me disse para dizer-lhes que podiam nos acompanhar, mas que iríamos de ônibus, que é sempre mais cheio. Foi um eufemismo. O ônibus para o estádio é um horror. Descemos um ponto antes e caminhamos o restante do trajeto.

Não sentamos em nossos respectivos lugares. Não, isso seria muito chato. Ficamos no meio da escadaria central, em pé, e foi mágico.



Estávamos na 'curva nord', que não é o melhor lugar, porque o lugar bom seria 'curva sud', mas tivemos sorte: repleto de torcida da Roma e, ao contrário do que imaginávamos, não tinha tanto turista. Era uma torcida de verdade.

Quando a escalação do time apareceu no telão, senti a energia vermelha e amarela se espalhar pelo estádio: a cada nome anunciado, a torcida urrava os sobrenome, especialmente para o capitão Francesco TOTTI!



Em seguida, outro momento épico: o hino da Roma tocando no estádio e todos os torcedores vibrando ao cantar. (Lembrou um pouco a euforia do hino nacional brasileiro durante os jogos da Seleção, mas com um amor mais permanente e menos sazonal).

Daí para frente, foi só alegria. A vibração a cada gol, a tensão nos momentos de empate, os gritos da torcida, os aplausos em pé quando Totti foi substituído e o canto, a uma só voz: "C'è solo un capitano!"

[O vídeo abaixo não é meu, peguei do YouTube para mostrar um exemplo para vocês, rs]



Respeito, admiração, rivalidade... esporte!

Foi uma experiência única! Valeu cada minuto!



E, falando de futebol... Bom, não vou fazer a comentarista crítica porque, para ser bem honesta, não acompanho todas as partidas do campeonato brasileiro. Mas já havia notado isso no outro jogo que assisti, Lazio x Juventus: é outro futebol. Simples assim: a velocidade dos jogadores em campo, a garra, a força e determinação. Menos dribles, mas equipe. Como disse, não sou uma especialista do esporte, mas se eu, que me considero leiga, consigo notar a diferença entre o futebol brasileiro e o europeu; talvez haja realmente uma grande diferença.

Foi uma bela partida e, como me disse Ben, foi um belo batismo na torcida da Roma.

Foi meio perrengue para voltar para casa, porque o ônibus estava abarrotado, mas tivemos a sorte de conseguir sentar. Quando chegamos na Termini, os meninos foram pro Mc Donald's, mas eu fui para casa. Comi um lanche e dormi.


Nenhum comentário:

Postar um comentário