terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Giorno 62 - Sexta-feira é sempre bom!

Acho que pela primeira vez, em semanas, acordei sem a menor perspectiva do que faria nesta sexta-feira (28/11).

Mas cumpri a rotina normal: primeiro, fui à escola e, mais uma vez, a aula foi ótima. Ao final da aula, Roberto conversou comigo e com a Deborah e nos propôs de mudar de nível para um mais avançado a partir de segunda-feira (08/12), pois ele não quer que essa mudança me atrapalhe no exame.

Fiquei contente de ir um nível adiante, pois isso significa que minhas impressões pessoais sobre o meu próprio progresso no italiano não apenas pessoais, mas sim verdadeiras; mas... [sim queridos, há sempre um mas], estou chateada de trocar de professor, principalmente porque a fama da nova professora não é das melhores: dizem que ela é chata e não se empenha em dar uma boa aula.

Mas decidi ir sem julgamentos. Ou, ao menos, dar uma chance ao novo, pois eu já estava entrando na zona de conforto aqui e foi justamente para sair da zona de conforto que vim para cá, né?

Vamos esperar e ver como será a nova classe. Depois conto!

Quando saí da escola, que parecia especialmente vazia hoje, passei na loja da AS Roma, para trocar meu casaco por um número menor e, para minha sorte, era o último! eba!

Depois, passei no mercado para comprar salada e chocolate. Sim, eu sei: hahaha!

Vim para casa, preparei um almoço light e quando sentei para comer, Santiago me fez companhia. Conversamos muito, muito, muito. Depois, arrumei meu quarto e ele me chamou novamente, para acompanhá-lo num chá. Levei o chocolate.

Passei quase a tarde toda com ele, vendo fotos, rindo muito, conversando sempre.

Depois, fiz um call com minha mãe e como ela estava sozinha em casa, conversamos como há tempo não fazíamos. Foi ótimo!

Eu, que achava que ia dormir à tarde, acabei fazendo mil coisas, como sempre.

Aliás, achava também que acabaria nem saindo, porque cada um dos meus amigos tinha um programa e a 'turma B' ia em algum evento que achei meio chato e resolvi não ir. Mas, no fim do dia, Benjamin enviou uma mensagem nos convidando a jantar com ele e com seu amigo francês que estava em Roma para visitá-lo.

Fomos: eu, Beiker, Debbie e Giuliano, que é o 'irmão italiano' dela, já que mora com ele e sua família.

Nos encontramos em Trastevere e Benjamin escolheu um restaurante que tem fama de ser o melhor do bairro, mas não me lembro o nome. MalAê!

Depois, Clemi nos encontrou e fomos para o Freni e Frisoni, onde tomamos um bom mojito e demos boas risadas. Primeiro porque, a esta altura, já era o samba do criolo doido dos idiomas: Thibault, amigo de Ben, não fala italiano. Achávamos que o inglês nos resolveria, mas Beicker não fala inglês e, como eu, também não fala francês. Como Thibault estudou espanhol na escola, Beicker achou que seria uma boa ideia falar em espanhol, já que é venezuelano. O problema era que Giuliano e Debbie não falavam espanhol, mas falavam francês, que é a língua-mãe de Thibault, Ben e Clemi.

Resumindo: um perguntava em inglês, o outro respondia em italiano, alguém comentava em espanhol, o outro fazia uma observação em francês e... eu gritava em português, porque era uma conversa de doido!!



Debbie e Giuliano foram embora e Benjamin garantiu a diversão da noite. Com uma onda de gritar 'hinos' de torcidas de futebol, saiu fazendo amigos e inimigos pelas ruas de Trastevere e, depois, do Campo di Fiori, onde acabamos indo.

Eu já estava cansada, mas não dava para parar de rir das bobagens que ele falava e fazia. Mas o mais legal era que era espontâneo: ele estava numa noite realmente inspirada.

Acabamos no bar do Fabrizio, como sempre, mas agora tem um DJ, pelo menos era mais divertido. De lá, caminhamos até a Piazza Venezia, de onde pegamos o ônibus para Termini.

Cheguei em casa exausta: com dores nos pés e no abdômen, de tanto rir!

Grazie Ben: com certeza você é o 'stronzo' mais 'carino' de todos! :)


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