domingo, 23 de novembro de 2014

Giorno 54 - Vaticano: Piazza e Basilica di San Pietro

Não acordei para a primeira aula. Mas, dessa vez, foi uma escolha bem consciente: eu sabia que a quinta-feira (20/11) seria puxada. Quando cheguei à escola encontrei Laure no café e ela também não tinha ido à primeira aula. Logo todo mundo saiu para a pausa e retornei à sala, onde encontrei Roberto, que ainda estava um pouco doente, mas tinha retornado.

Quando a aula acabou, almoçamos num restaurante ali por perto: eu, Hele, Beto, Debbie, Clemi e Sarah. Depois, todos nós, menos Sarah, seguimos para o Vaticano, onde visitamos a Piazza San Pietro e pegamos a fila, que n˜åo era muito grande, para entrarmos na Basilica di San Pietro.



Eu já visitei essa igreja outras duas vezes, mas é uma coisa que não me canso nunca. Não só porque sou católica e faz muito sentido estar no Vaticano, mas principalmente porque é um show de arte à parte: as esculturas, os quadros, o teto, a cúpula... é realmente impressionante.

Eu contei aos meus amigos que São Pedro está enterrado sob o altar principal da Basílica, e eles não sabia. Também contei a eles que o colunato que circunda a praça é obra de Bernini, bem como os 12 Apóstolos que enfeitam a parte superior externa da Basílica.

Visitamos também, dentro da Basílica, a obra de Michelangelo que é a minha preferida: PIETA, a imagem de Maria ajoelhada, segurando seu filho Jesus, já morto, nos braços. É de uma perfeição que não dá para descrever.


Eu disse a eles que gostaria de entrar na capela para rezar e Helena e Debbie também foram. Rezei muito, rezei de coração aberto, agradecendo muito mais do que pedindo. Cheguei até a me emocionar, porque tenho feito um milhão e atividades por aqui, mas toda vez que fico sozinha e paro para pensar em mim, na minha vida, no meu crescimento e, principalmente, quando entro em contato com os meus sentimentos... bom, o coração se mexe, as lágrimas rolam, mas no final, o balanço é sempre positivo.

Eu não sei dizer exatamente o que vim buscar em Roma, mas estou certa de que estou encontrando: me sinto mais tranquila, mais em paz, mais confiante em mim e na humanidade. É como se Roma estivesse me fazendo enxergar o mesmo mundo, mas com outros olhos. Isso me faz bem.

Quando saímos da Basílica, resolvemos subir na cúpula e achei ótimo porque isso é uma coisa que nunca tinha feito antes: foram 551 degraus e ainda paguei 5 euros para isso!! Podia ir de elevador, mas custava 7 euros e ainda teríamos que subir mais 300 degraus. Não achamos que valia a pena. No fim, não valeria mesmo, porque os degraus que o elevador substitui são tranquilos: largos e como uma escada normal. O problema são os últimos, que são estreitos, sem ar e sem luz, e que contornam a cúpula e, portanto, são curvados.



Uma sensação de cansaço e vertigem horrorosa, mas que é certamente recompensada quando finalmente se chega ao topo: que vista!

Nunca mais vou me esquecer de como Roma é linda vista lá do alto da cúpula de San Pietro. É impressionante como a cidade é verde e como o caminho que o Rio Tevere faz combina com a cidade. Fomos abençoados. A semana tinha sido toda de chuva, mas a quinta-feira estava linda e pudemos ver um belo pôr-do-sol, que alaranjou Roma e nos fez sentir muito especiais! Foi lindo!



Descemos de elevador (Não precisa pagar na volta haha) e, de lá, passamos em uma loja especializada em coisas nerds que, por um acaso, todos nós adoramos: Harry Potter, Game of Thrones, Senhor dos Aneis, Jogos Vorazes... Ficamos alucinados: uma coisa mais linda que a outra, cheia de artigos de colecionadores e... tudo muito caro! hahaha! Pensei no Nick, marido americano da minha prima Natalia: ele não sairia nunca mais desta loja, rs

De lá, fomos até o Pompi, pois Helena queria comer uma última vez o delicioso Tiramissu. Eu não os acompanhei, porque em seguida encontrei a Vivi para jantar. Eu estava sem internet (meu plano acabou ou sei lá oq!) e, portanto, sem Google Maps. Deveria ir da Piazza di Spagna a Piazza Navona, o que não exatamente muito difícil, mas eu estava com muito medo de me perder porque já disse aqui que não sou muito bem localizada geograficamente. Mas fui. Caminhei praticamente em linha reta e não teve erro! No meio do caminho, 'tropecei' no Alfredo di Roma, restaurante que adoro e nunca sei chegar. Ri sozinha e falei em voz alta: Roma, sempre me surpreendendo!

Encontrei a Vivi na Piazza Navona e fomos jantar no restaurante que eu tinha adorado ali por perto: Cantina e Cucina. No esbaldamos: alcachofra alla judia de entrada, massa de principal, sobremesa, vinho, limoncello... delícia! Saímos de lá rolando e queríamos caminhar.



Quando voltamos para a Piazza Navona, vimos que a igreja Sant' Agnese in Agone estava aberta. Às 22h, em Roma, isso não é comum. Entramos. Estava bem cheia e um grupo praticava canto, foi bem bonito. Ficamos lá um tempo, rezamos, agradecemos. Sempre agradecemos. Eu e Vivi fomos realmente abençoadas em Roma.



Seguimos a pé para a Piazza Del Popolo e Vivi fez uma métafora de como Roma e suas ruínas são capazes de nos lembrar como podemos ser fortes e sobreviventes às ruindades e maldades do mundo e dos seres humanos. Nossas histórias são feitas de batalhas, de derrotas, de marcas: mas é tudo isso que nos transforma em pessoas fortes e justas. Pegamos o metro e nos despedimos. Vivi segue para Paris e Madrid e volta no domingo, 30/11, mas já parte quase que em seguida para o Brasil. Mais uma grande amiga que se vai, mais alguém de quem devo me despedir, mais uma lição de desapego...
Voltei para casa morta de cansaço e com dores nas pernas, hehe! Apaguei!

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