segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Giorni 48, 49 e 50 - E não é que eu voltei para Barcelona?

Desde que decidi vir passar esse breve tempo em terras europeias, meus amigos que moram em Barcelona insistiram para eu fosse fazer uma visita. Confesso que não era minha primeira ideia de viagem, já que já estive na cidade duas outras vezes, sendo que a última foi no começo deste ano, durante o Carnaval. Mas acabei achando um voo barato e como não pagaria a hospedagem, achei uma boa ideia.

Assim, na sexta-feira (14/11), fui para escola, mas não tinha quase ninguém na classe, o que eu e Debbie achamos muito bom porque quanto menos pessoas, maior o nosso aprendizado. Fizemos um belo exercício de conjuntivo e condicional e percebo a cada dia o meu progresso. A escola estava, de maneira geral, vazia. Talvez porque era mais um dia de greve de transporte público e manifestações por essa bela cidade italiana que é quase sempre um caos completo. Almocei rapidamente na escola e voltei para casa, onde coloquei minhas lições de casa em dia, tomei um bom banho, fechei tudo e segui para Termini no fim da tarde para pegar o ônibus com destino ao aeroporto.

Cheguei cedo, fiz check in tranquila e esperei bastante porque a desorganização da Vueling é tão grande que além do atraso, o que mais me incomodou foi a falta de informações sobre mudança de portões. O voo foi terrível. Não digo que nunca mais viajo de Vueling porque os preços valem bem a pena, mas o avião é minúsculo e minhas pernas não cabem no espaço micro entre as poltronas (para quem não me conhece - se é que algum desconhecido lê este blog - eu meço 1,75m, ou seja: não sou pequena, rs!). Além disso, as aeromoças mudavam as bagagens já alojadas nos compartimentos o tempo todo, colocando bolsa de alguém sentada ao fundo lá na frente e vice-versa. Uma agitação incômoda, um estresse desnecessário. Mas cheguei.

A primeira vez que estive em Barcelona, em março de 2012, estava viajando com a minha irmã e resolvemos ir de trem do aeroporto ao centro. Era o primeiro dia de viagem e fui roubada neste trajeto: bateram minha carteira com cartões de crédito, dinheiro (quase todo de toda a viagem) e coisas pessoais. Fiquei arrasada. Então, dessa vez, peguei um táxi para a casa do Rafael, meu amigo dos tempos de escola que mora na Espanha há dois anos e que gentilmente me convidou para ficar na casa dele. Cheguei tarde, mas ele estava me esperando e foi muito bom abraçá-lo.

O Rafa é uma das pessoas mais especiais que já conheci na vida. E, de alguma maneira, eu me aproximei muito dele e de toda família dele. Inclusive, meu primeiro namorado, há muitos anos atrás, é um primo dele. Tenho um carinho imenso por todos daquela família, que sempre me tratam como parte da mesma e sempre demonstram um amor lindo por mim. Eu e o Rafa participamos de grandes momentos das nossas vidas: namoros, rompimentos, formaturas, faculdades, bebedeiras, brigas, perdas, festas de famílias... Eu não consigo imaginar a minha vida sem ele e, na verdade, nem quero imaginar isso: é uma amizade sólida e que nos faz um bem enorme! Eu estava com saudade e ter um tempo com ele foi muito bom!



Além do mais, ele é um ótimo anfitrião e cuidou muito bem de mim em Barcelona, rs! Logo quando cheguei, já saímos. Fomos a um bar encontrar uns amigos dele e eu estava cansada, mas a cerveja estava uma delícia, rs! Depois, percebi que estava com fome e ele me levou para comer um kebab mágico da madrugada, num lugar onde encontramos um amigo dele de Portugal, a esposa e um casal de amigos também portugueses. De lá, fomos em um outro bar muito charmoso, onde tinha um cara tocando sax ao vivo na mixagem do DJ: muito bacana!! Gostei bastante deles e foi bem divertido! 



Voltamos para casa lá pelas 04h e eu apaguei! Quando acordei no sábado e olhei no relógio levei um susto: 12h30!!! Há tempos não acordava a essa hora. O Rafa levantou quase que em seguida e ficamos contentes com a nossa sintonia em querer fazer as coisas tranquilas e sem pressa.

Tomamos café numa padaria perto da casa dele. Depois, fomos no Tomas, um bar que lembra muito o Jobi, no Rio, ou o Original, em SP. A fila na porta era beeem longa, mas fomos pro balcão porque o Rafa queria que eu provasse as famosas 'patatas bravas' do local, que são consideradas as melhores da região da Catalunha. E foi uma boa pedida. Eram deliciosas!!! Tomamos um chopp e depois passeamos pelo bairro que ele mora, o Sarriá.



Uma coisa muito legal foi ter lido quase todos os livros de Carlos Ruiz Zafón ao lomgo deste ano, pois este autor sempre tem como cenário de fundo a bela Barcelona de antigamente. E o bairro do Sarriá é o cenário de um dos meus livros preferidos dele: 'Marina'. Assim, passear pelas pequenas ruas charmosas desta vizinhança me transportam diretamente para dentro das páginas dos romances de Zafón, que roubaram tantas e tantas noites de sono já que era impossível parar de ler, rs.

Passamos rapidinho e, casa e fomos para o centro... De moto!! Sim, senhoras e senhores: essa é a nova versão de mim mesma, que diz menos nãos aos riscos e se joga mais para vida. Assim, lá fui eu para o meu primeiro passeio de moto.



[Tia Silvia: pode dizer ao tio Celso que perdi o medo e já posso dar umas voltas com ele!!] 

Passear por Barcelona numa moto é bem diferente das belas e longas caminhadas que nós turistas costumamos fazer. Mas eu não estava ali para turistar, não era o objetivo desse fds!

Chegamos no centro e resolvemos almoçar porque em Barcelona as cozinhas dos restaurantes encerram às 16h e só abrem para o jantar. Então, o Rafa sugeriu um restaurante que ele adora. Mas meu querido amigo é um tanto quanto desligado e não só já tínhamos ido juntos a este restaurante na minha última visita a Barcelona, como era um restaurante...ITALIANO! hahaha!

Mas comemos por lá mesmo e estava uma delícia!

Depois, encontramos um outro amigo dele, que muito gentilmente falou inglês comigo, para não piorar a situação da minha cabeça confusa com as línguas. Eu simplesmente não falo mais nada de espanhol: o italiano ocupou um lugar na minha mente e não consigo virar e desvirar a chavinha para o espanhol, infelizmente. Entendo o que as pessoas falam, mas não consigo falar, rs.

Tomamos um café e caminhamos pelo centro, passando pela bela Praça Catalunha e chegamos a um bar bem gracinha um pouco depois do Palácio da Música Catalã, que é um dos meus lugares preferidos na cidade.

De lá, eu e o Rafa voltamos para casa. Ele dormiu e eu tomei um banho e relaxei lendo um bom livro. Lá pelas 23h, me troquei e combinei com o Rafa que ia visitar o meu primo Marcelo, que mora lá há anos, e que nos veríamos depois.

No Marcelo, me senti em casa. Conversamos muito, rimos demais, lanchamos, bebemos Guaraná Antartica, assistimos novelas da Globo... O Rafa me avisou que estava num bar com os amigos, mas eu estava bem no Marcelo acabei indo de lá direto para casa, porque já eram mais de 03h da manhã. Apaguei e nem ouvi o Rafa chegar em casa!



Sábado acordei antes das 09h, mas voltei a dormir. Eu e o Rafa, mais uma vez sintonizados, acordamos às 11h30. Tomei um banho e resolvemos tomar café da manhã em casa mesmo: frutas, pão fresquinho, café com leite, boa música e ótima companhia.

Depois que o Rafa ficou pronto, fomos de trem para o centro, onde descemos a Rambla, ponto turístico que eu adoro porque dá para apreciar o belo céu azul de Barcelona.



Atravessamos a ponte no Porto e chegamos ao shopping onde tem o restaurante que o Marcelo trabalha e onde resolvemos almoçar com uma bela vista para o mar.

Foi bem gostoso!

Saímos de lá bem à tardezinha e pegamos um táxi para voltar para casa, onde relaxamos um pouco e logo segui para o aeroporto.

O voo atrasou, para variar, e cheguei em Roma tarde. Peguei o ônibus que chegou a Termini mais de meia-noite. Chovia. Estava frio. Eu estava cansada. E fui para casa correndo porque tinham umas pessoas estranhas na minha rua, que aquela hora do domingo, estava deserta. Mas as pessoas nem se importaram com a minha pessoa. rs.

Cheguei em casa, arrumei tudo para a aula do dia seguinte, desfiz a mala e apaguei, mas já era bem tarde.

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