domingo, 2 de novembro de 2014

Giorno 34 - É Halloween, oba!

A sexta-feira, 31/10, começou tranquila e com a rotina de sempre, mas já com o gosto amargo da saudade: foi o último dia de aula de Jesper e já posso sentir a falta dele nas nossas aulas.

Na volta para casa, passei numa Tabbachi e comprei uma tiara de diabinha para as celebrações do Halloween. Almocei em casa e a ideia era arrumar o quarto, mas acabei dormindo mesmo, já que sabia que a noite seria longa.

Levantei, tomei um bom banho, lavei o cabelo e comecei a me arrumar. No meio do longo processo de make up, o Giovanni bateu à minha porta e ele e o Santiago pediram para falar comigo. Achei muito estranho e, obviamente, já comecei a pensar que tinha feito algo de errado. Mas não.

Eles queriam me perguntar se eu estaria em casa no domingo por volta das 18h30, pois uma nova roommate chegaria e nenhum dos dois estaria em casa. Giovanni porque todo primeiro final de semana de cada mês vai a casa de seus pais e é fora da cidade; e Santi porque estava escalado para trabalhar neste domingo.

Na verdade mesmo, eu tinha pensado em ir até Assis com a Vivi, mas eu acabei cedendo e disse que poderia ficar para receber a menina, porque não me custava nada, na verdade. Além do mais, eles disseram que confiavam mais em mim do que no Valdir para isso, porque falo melhor italiano e inglês; e sou mais responsável.

Não tinha como dizer não. Eles nunca pedem nada e estou certa de que se me pediram, é porque realmente precisavam. Acabei aceitando e vou para Assis numa próxima oportunidade.

Eles saíram logo em seguida, mas não sem antes ouvirmos as lamentações de Santi sobre uma menina que está enrolando ele. O coitado está de coração semi-partido, o que é um pecado, porque além de bonito, o menino tem um coração de ouro!

Saí de vestido preto, casaco branco e batom vermelho.

Cheguei ao Mc da Termini pontualmente às 18h45, onde deveríamos todos nos encontrar, mas o pessoal da Europa, milagrosamente, atrasou. rs! Quando já estávamos eu, Katharina, Clement, Jesper, Helena e Roberto resolvemos ligar para Lia e descobrimos que ela já estava nos esperando no restaurante!!

Seguimos para o Armando, pizzaria delicinha em San Lorenzo, onde tivemos que nos sentar do lado de fora porque todas as mesas de dentro já estavam com reserva. No começo achei que fôssemos congelar, mas depois de algumas taças de vinho e muito calor humano, estava tudo sobre controle! Foi um jantar muito agradável!


Lá encontramos além da Lia, a aniversariante da noite; Deborah, Sara e sua irmã que chegou nesta sexta mesmo em Roma, além de Carolina, que retornou sábado ao Brasil.

Era visível que todos estávamos muito felizes! Principalmente Katherina, que nunca sai com ninguém e gostou muito de todos. Ela tinha hora para voltar para casa, por isso não nos acompanhou na balada, mas ficou muito agradecida pelo convite! Uma querida!!

Carol também não foi conosco ao bar porque tinha que voar logo cedo no dia seguinte, mas fora elas, todos nós seguimos para uma festa de Halloween num bar de um amigo de Clement, onde pagamos 20 euros pelo open bar.



Não preciso falar mais nada, né? Ficamos todos completamente bêbados e foi MUITO divertido. Tínhamos uma espécie de área vip no andar de cima, mas curtimos mesmo a balada no andar de baixo, onde tocou música latina e, claro, brasileira: Gusttavo Lima é ídolo pode aqui e "Tcherê rê rê" faz todo mundo requebrar, não importa a nacionalidade!

Uma hora depois já estávamos bffs do dono do bar, amigo do Clemi, que também virou nosso amigo. Na hora de ir embora eu já gritava: Cia, Fabriiii! (Ele se chama Fabricio, mas já era amigo íntimo, sabe? rs!)

Mas a polícia chegou às 3h e mandou acabar com a música. Ôôô gente malaaaa! Saímos dess bar em busca de algum outro, mas é claro que ficamos rodando, rodando e rodando pelas ruas de Roma sem entrar em lugar algum. Típico programa de bêbados.

Eu disse a Jesper que eu pensava que ele estava super paquerando a Deborah. Ele me disse:

- Eu paquero todas as mulheres. Vocês são todas incríveis!
- Ma dai, Jesper! Já virou mesmo um típico italiano!
- Para mim, não tem nada melhor do que mulher, futebol e cerveja.
- É melhor você não ir para o Brasil... Desse jeito, acho que você não volta nunca mais!
- Sério mesmo?
- Sim, acrescenta uma bela praia nesse conjunto todo aí.
- Bom, neste caso, melhor eu já comprar minha passagem!

E nos demos um longo abraço. Parece ridículo, eu sei. Mas já sinto falta de Valentina e sei que sentirei dele também. Foram meus primeiros amigos, me ensinaram um monte de coisa, foram pacientes, simpáticos, receptivos... Vai ser difícil ficar sem eles aqui! :(

Quando saímos do bar, Deborah encontrou uns amigos. Na verdade, ela mora na casa de um desses meninos, junto com a família dele. Mas acho que rolou uma ciumera infantil. Porque os amigos começaram a conversar com a gente, e a gente começou a conversar com os amigos e de repente já éramos todos um grupo só e tudo lindo. Só que não.

Ela teve um piti e disse que este menino não deixa ela em paz, não dá privacidade a ela, que onde ela vai ele vai atrás e blablabla. Eis que ela, bêbada, resolveu falar isso para ele. Hora errada, palavras erradas... deu merda, né? O menino italianou, e começou a gritar e a xingar no meio da rua, na frente de todo mundo.

Eu, que já não estava mais tão bêbada depois do frio e da caminhada, entrei no meio, gritei um 'BASTA', e falei: 'amanhã vocês conversam. Agora chega!", peguei a Deborah e fomos andando. Ela chorava tanto, que me partiu o coração, mas ela não estava certa e todos nós fizemos questão de dizer isso a ela. Não passamos a mão na cabeça, sabe? Ela errou e claramente magoou o menino.

Eu, Helena  Roberto decidimos que passado das 4h era hora de ir para casa. Pegamos um ônibus e depois que desci na Termini, ainda comi um Mc da madrugada, haha!

Antes de me jogar na cama, fiz serviço completo: tirei a maquiagem, escovei dentes, coloquei pijama etc etc etc. Dormi quentinha e MUITO feliz! :)

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