A Tia Isabel estava toda risonha e com as bochechas levemente rosadas, exatamente como me lembro dela. A Família Alberto Jorge estava reunida no que parecia ser a casa da Vó Cida lá em Mogi, e a tia Isabel nos dizia que éramos para ficarmos tranquilos porque a tia Márcia estava bem, assim como a vó e o vô. Mas ele, o vô Raul, estava preocupado com a tia Lena.
Acordei logo depois disso, rezei um Pai Nosso e uma Ave Maria e dormi em seguida, sem muitos problemas. Pela manhã, fiquei pensando em como era estranho eu ter sonhado com a tia Isabel, alguém que é quase distante em minha memória e com que simplesmente nunca sonho.
Levantei sem muitos problemas ao som do despertador às 08h, não só porque dormi cedo e bem, mas porque essa madrugada acabou o horário de verão por aqui. Uma curiosidade é aqui na Europa o horário muda no meio da madrugada e não à meia-noite como no Brasil.
Tomei banho, me troquei, tomei café na Termini e segui em direção ao Castelo de Sant'Angelo, onde deveria encontrar a Bia e o Jojó. Achei ótima a escolha porque, assim como os passeios do sábado, eu nunca tinha estado neste castelo.
O único problema é que este era o último domingo do mês, dia em que os Museus do Vaticano têm entrada gratuita. E eu precisava descer justo na estação do Vaticano, que é a mais próxima do Castelo, que fica quase em frente. A quantidade de pessoas era assustadora. A Bia e o Jojó não conseguiram fazer baldeação na Termini, porque já não era possível mais alcançar os trens, de tanta gente.
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Multidão de pessoas em direção à Piazza San Pietro, no Vaticano |
Como cheguei antes, comprei nossos ingressos e convenci o guarda a me deixar esperá-los, o que não pode acontecer, já que o certo é comprar os ingressos e já entrar. Mas expliquei o caos do metrô e tal, e ele aceitou liberá-los da fila. Foi um alívio!
Quando chegaram, visitamos o Castelo com calma e eu gostei bastante, mas não me apaixonei. Acho que o que tem de mais legal é que é uma espaço construído pelo Imperador Adriano para ser um mausoléu dele e de sua família, mas ao longo dos anos acabou se tornando uma fortaleza militar. É muito bacana ver as salas onde os soldados fabricavam o armamento, dormiam, faziam vigília etc. Este é um local com muitas coisas originais, como móveis, quadros, portas... A conservação é muito bonita!
De lá, caminhamos em direção à Piazza Navona, que seria nossa próxima parada, mas antes paramos para almoçar e escolhemos um restaurante chamado 'Fattoincasa By La Danesina Hosteria', dica que um amigo italiano do Jojó passou para nós. Aliás, dica valiosíssima: comemos MUITO e MUITO BEM! De longe, um dos melhores de Roma!
Pedimos uma salada grande para dividirmos em três e escolhamos também a especialidade da casa: Carciofi alla giudia, que é a alcachofra frita que fica tão crocante, que parece chips. Tá me dando água na boca só de lembrar...!!!
Depois pedimos as massas, vinho, sobremesa e café. A refeição foi completa, mas além de muito saborosa, o que eu gostei muito deste almoço foi curtir casa segundo desta experiência gastronômica com eles, que curtem saborear a comida tanto quanto eu!
Realmente, a Bia e o Jojó são companheiros super recomendáveis de viagem! :)
De lá, fomos para a Piazza Navona onde, como já contei para vocês, fica a Embaixada do Brasil, num belo edifício que outrora era um palácio. E aquele edifício estava movimentado, já que era dia de Eleições Presidenciais e os brasileiros residentes em Roma estavam votando mesmo. Parece que o espírito político do Brasil chegou por aqui com toda força.
Conversamos com um ou outro, aqui e ali, e percebemos a forte presença de eleitores da Dilma e do Aécio, sem grandes maiorias. Achei isso bem interessante!
A Bia ficou encantada com a Fonte dos Quatro Rios. Também, não é para menos: é deslumbrante!
De lá, seguimos para o Pantheon, que já estive nas outras duas visitas a Roma, mas que ainda não tinha passado desta vez. E ele continua lá: estonteante, como sempre. O que eu mais gosto no Pantheon são aquelas colunas monumentais que sustentam sua fachada. E a cúpula, é claro.
Vocês sabiam que a cúpula é sempre aberta, inclusive nos dias de chuva? Se chove, chove. Simples assim. O chão tem alguns 'furos' por onde a água escoa e tá tudo certo. Lindo e forte, desde sempre!
Estava bem abarrotado, talvez por ser gratuito, mas conseguimos visitar e fotografar com calma.
A próxima parada foi a Fontana Di Trevi, que nem vou perder meu tempo me alongamento muito porque ela está fechada para restauração e é de cortar o coração chegar no meu lugar favorito no mundo e vê-lo escuro, vazio (sim, está completamente sem água!) e coberto por andaimes. O mais estúpido é que há uma passarela na frente para você pode visitar os... andaimes! E é claro que tem uma fila enorme para passar por ali, mas nós dispensamos.
Já combinei com a Bia: favor voltar a Roma depois de 2016 para ver de perto a maravilha que é a Fontana di Trevi!
De lá, continuamos a caminhada, curtindo cada ruazinha de Roma, que é incrivelmente charmosa à noite, até chegarmos à Piazza di Spagna, onde compramos um delicioso sorvete e sentamos nas escadarias para bater um papo. Eu e a Bia ficamos conversando um tempão enquanto o Jojó fotografava todas as incríveis cenas ao nosso redor, incluindo um ensaio de casamento.
Quando resolvemos voltar, já eram mais de 21h30 e lembrei que tinha lição de casa para fazer. Ooops!
Quando entramos no metrô, parte da torcida do Lazio estava no nosso vagão cantando, gritando e muito felizes. Foi legal de ver, embora não seja minha torcida e nem o meu time (#AvantiRoma!)
Nos despedimos e vim para casa, onde acompanhei de longe a apuração dos votos que acabaram por reeleger Dilma como presidenta do Brasil. Aqui, do alto do continente Europeu, procurei não me manifestar, principalmente porque não votei; mas posso dizer uma coisa: foi muito bacana de ver essa disputa voto a voto, minuto a minuto.
Acho que a nossa jovem democracia está crescendo e nossos cidadãos são responsáveis pelo seu amadurecimento. Parabéns, brasileiros. Ganhando ou perdendo, vocês estão todos de parabéns! :)
Foi muito bom para mim curtir esse fim de semana 'em casa'. Precisava curtir mais a cidade, sem o desespero de fazer tudo correndo. Além do mais, foi ótimo apreciar a companhia de amigos brasileiros, que me fizeram lembrar do quanto eu amo o meu país. <3
E claro que dormi sem fazer a lição de casa! hehe!
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